Um Jovem Chamado Patrick

Todo aluno é a concretização de um potencial, todo jovem é esperança. Quando sua vida é ceifada, uma parte do futuro de todos nós também é, todos morremos um pouco, porque aquela vida também fazia parte de nós mesmos. É como a semente que cai na pedra e não tem chance de germinar.

Esse jovem será ignorado pela mídia, porque não dança no Esquenta, não tem olhos azuis ou feição angelical; será esquecido pela maioria, porque a sociedade está cada vez mais egoísta e conformada com a violência (“- Ora, é só mais um...”); nem estatística será, porque não é interessante para o Poder Público contabilizar mortes de jovens.

Eu garanto, porém, que na memória dos amigos, da família e dos professores essa tragédia ficará bem viva e servirá de referência para o desejo de um futuro melhor: não! Não! NÃO! Isso NÃO é normal! Morrer assim NÃO é normal! Não é isso o que queremos. Queremos que todos tenham chance, sobretudo através da educação, de ter uma vida plena e contribuir para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e igualitária.

Patrick sabino, assassinado barbaramente numa tentativa de assalto, me remete a Manuel Bandeira em seu poema Pneumotórax: “A vida inteira que poderia ter sido e não foi”. Sua morte é uma tragédia para todos nós. (desabafo do professor Marcel Roberto)

Patrick, dia 15/05 em plena luz do dia, quando voltava da casa de sua namorada Isabel Cristina também aluna do nosso colégio ao defender uma menina que passava na rua de um assalto, perdeu sua vida barbaramente.